O convento de São Domingos em Lisboa, foi fundado em 1242 por D. Sancho II, A Igreja do Convento era um centro de devoção e procissões populares muito queridas pelos Lisboetas, era também de grande devoção dos Reis e príncipes de Avis.
Com o Terremoto de 1755 o convento, o átrio, o tecto da sala do capítulo desabaram, a biblioteca ardeu completamente, na Igreja morreram muitas pessoas, que faziam as suas orações e esperavam a procissão do dia de finados, apenas se salvou a capela-mor da sacristia.
Em 1763, recomeçou as obras de restauro da Igreja e 5 anos depois o Rei D.José dava a antiga fachada da Igreja patriarcal para a Igreja de São Domingos que ainda hoje se conserva.
O Convento de São Domingos foi palco de um dos maiores massacres que á memoria, em 1506, quando os fiéis rezavam pelo fim da seca e da peste que tomavam Portugal, alguém diz ter visto no altar o rosto de Cristo iluminado, um milagre para os católicos presentes, no entanto, um cristão-novo que também participava na missa argumentou que a luz era apenas o reflexo do sol, a partir daí e incitados pelos Frades Dominicanos e ao som de gritos de hereges, os cristãos-novos são perseguidos, homens, mulheres, crianças, foram torturados e queimados vivos em fogueiras improvisadas no Rossio.
A matança durou cerca de 3 dias, na semana santa de 1506, e só acaba quando é morto um judeu que era escudeiro do Rei, e as tropas reais acabam por repor a ordem.
O Rei D. Manuel I penaliza os envolvidos confiscando-lhes os bens e os Dominicanos instigadores são condenados à morte e existem indícios de que o Convento de São Domingos terá sido fechado durante 8 anos.
Entretanto em 1540, O tribunal da dita Santa Inquisição entra em funcionamento, e o largo de São Domingos, que hoje podemos apreciar enquanto se vai degustando a tradicional ginginha, passa a ser palco de inúmeros Autos de Fé.