sexta-feira, 26 de outubro de 2007

ROSSIO ANTES 1755

Em Tempos pré-históricos o vale do Tejo hoje ocupado pelo Rossio e Praça da Figueira foi um esteiro do Tejo onde desaguavam as ribeiras hoje designadas por Ribeira de S.Antão e Arroios.
durante o domínio romano o esteiro estaria já parcialmente assoreado de dimensões mais reduzidas, prova de tal facto os vestígios de um cais encontrado junto á Igreja de S. Domingos, com as obras do metropolitano nesta zona foi possível encontrar uma Necrópole assim como um circo romano.
Com a conquista de Lisboa aos Mouros varias casas religiosas foram-se instalando na cidade surgindo no Rossio em 1492 o Convento de S. Domingos que juntamente com o Hospital de todos os Santos e o Palácio dos Estaus constituíam o conjunto principal de edifícios desta zona.
O Rossio era tal como hoje o largo, o espaço aberto de vivência pública onde muita História e histórias se desenrolaram...
era neste espaço que às 3ªs feiras se fazia a feira onde os Lisboetas, soldados, tripulantes e viajantes das naus, vinham abastecer-se.
Foi o grande palco dos Autos de Fé, sendo que este macabro espectáculo desenrolava-se no adro da Igreja de S. Domingos e no Hospital de todos os Santos, onde as janelas com melhor vista eram alugadas a peso de ouro.
Foi pelo Rossio que um elefante guardado no Palácio dos Estaus, por ordem de D. Manuel, para uma luta com um rinoceronte vindo da Índia, ( o tal que tão bem vimos representado na Expo 98), fugio matando e levando tudo o que lhe surgia pela frente.
Rossio, largo de festas de touros, de espectáculos, das brigas, como aquela que levou Luís Vaz de Camões para a prisão e mais tarde para a Índia por naquele local ter agredido um oficial do reino.
Rossio de ontem e hoje que por vezes se confundem...

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