segunda-feira, 12 de maio de 2008

Aqueduto das Águas Livres






O Aqueduto das Águas Livres, é um complexo sistema de captação e distribuição de água á cidade de Lisboa.



O Aqueduto, foi construído durante o reinado de D. João V, e foi sendo progressivamente reforçado e ampliado ao longo do Século XIX, de salientar que prodigiosa obra resistiu incólume ao terremoto de 1755.



Antes da construção do Aqueduto, a única área de Lisboa com nascentes de água era o Bairro de Alfama, e com o crescimento da cidade para fora das cercas medievais foi surgindo um défice no abastecimento de água á cidade.



Tal situação levou á necessidade de se aproveitar as águas do vale da Ribeira de Carenque, já que estas águas até tinham sido, em tempos aproveitadas pelos Romanos, que aí construíram uma barragem e um aqueduto.



Apesar do Reinado de D. João V ter sido prospero, o projecto do Aqueduto, foi custeado pelo povo, através de uma taxa sobre a carne, o vinho, o azeite e outros produtos alimentares.



A parte do Aqueduto mais conhecida são os seus 35 arcos sobre o vale de Alcântara, o mais alto dos quais o " arco grande", mede 65 metros de altura e dista 29 metros entre pegões, sendo o maior arco ogival do mundo.



O Aqueduto têm o seu inicio na Mãe de Água Velha, recolhendo a água da nascente da Água Livre, em Belas e termina na Mãe de Água das Amoreiras, após um percurso de 14.174 metros.



Antes de chegar ao centro de Lisboa, o aqueduto alimentava vários chafarizes na Amadora, Benfica e São Domingos de Benfica.



Na extremidade do aqueduto, a Mãe de Água das Amoreiras recebia e distribuía a água por galerias e encanamentos que encaminhavam a água para uma rede de chafarizes públicos.

O caminho público por cima do aqueduto, esteve fechado desde 1853, altura pela qual se registaram no local alguns crimes, levados acabo ao que tudo indica por Diogo Alves, que assaltava as pessoas que por ali passavam e as atirava do aqueduto abaixo.

Diogo Alves foi apanhado, tendo ficado para a história como o ultimo decapitado em Portugal, a sua cabeça decepada foi estudada, prevalecendo ainda hoje dentro de um recipiente de vidro numa solução aquosa, no museu de medicina.

O aqueduto manteve-se em funcionamento até 1968, acabando por ser desactivado definitivamente pela EPAL , em 1974.

Nota: Depois de várias reparações e intervenções, o Aqueduto das Águas Livres, reabre aos visitantes amanhã dia 13 de Maio, encontrando-se marcado um passeio num percurso que começa na Rua das Amoreiras, às 10 horas e termina no reservatório da Mãe de Água.

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