A Torre foi projectada, como símbolo de prestígio real, a decoração exibe a iconologia própria do Manuelino, conjugado com elementos naturalistas, como também é visivel no mosteiro dos Jerónimos.
O Manuelino reflecte, influências islâmicas e Orientais, que marcam definitivamente o fim da tradição Medieval das Torres de Menagem.
A Torre de Belém é adornada, com cordas e nós esculpidos em pedra, galerias abertas, torre de vigia, ameias em forma de escudo, decoradas com esferas armilares e a cruz da ordem de Cristo, e elementos naturalistas, como um rinoceronte ( o tal já referido em texto anterior), que vão aludir aos descobrimentos portugueses.
A Torre localizada na margem direita do Rio Tejo, era inicialmente cercada pelas águas em todo o seu perímetro, no entanto foi progressivamente envolvida pela praia, até se incorporar hoje à terra.
Com o passar dos tempos, a estrutura foi perdendo a sua original função defensiva, passando a exercer outras funções, como tal foi, registro aduaneiro, posto de sinalização, telégrafo, farol e até prisão, já que os seus paióis, foram utilizados como masmorras, para presos políticos durante o reinado de D. Filipe I (1580-1598), e mais tarde por D. João IV ( 1640-1656).
O Arcebispo de Braga e primaz das Espanhas, D. Sebastião de Matos de Noronha ( 1636-1641), por coligação à Espanha e fazendo frente a D. João IV, foi preso e mantido recluso na Torre de Belém, entre outras personalidades.
Nos nossos dias é possível fazer visitas a este este monumento e no seu terraço desfrutar de uma maravilhosa vista, sobre o Tejo e dele imaginar a partida das naus e caravelas para os novos mundos.
A Torre de Belém é classificada como Monumento Nacional por decreto de 10 de Janeiro de 1907, e considerada pela UNESCO, como Património Cultural de toda a Humanidade.
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